segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Competitividade - Forum Econômico Mundial

O ranking de competitividade global elaborado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial mostra o Brasil em 58º lugar, em um total de 139 países. A lista é liderada pela Suíça, vindo em seguida Suécia, Singapura, Estados Unidos e Alemanha.
Entre 2007 e 2009, o Brasil saltou 16 posições no ranking, chegando ao 56º lugar (em 2010, o país perdeu duas posições). De acordo com o estudo do Fórum, o Brasil viveu uma fase de "impressionante tendência de alta. A recente escalada do país na lista reflete os notáveis esforços feitos nos últimos 20 anos na direção da estabilidade macroeconômica".
Para o Fórum, entretanto, ainda há desafios que a economia brasileira precisa superar para que o país possa aproveitar todo seu potencial competitivo. Um raio-x feito pela entidade, com informações da Fundação Dom Cabral e do Movimento Brasil Competitivo, avaliou todos os países em 12 categorias consideradas pilares do desenvolvimento e da competitividade. Este estudo detalhado aponta os méritos e as deficiências do Brasil, um país para o qual todos olham esperando ver nele "uma das peças centrais na engrenagem da economia mundial".
As categorias avaliadas pelo Fórum Econômico são: instituições públicas; infraestrutura; ambiente macroeconômico; saúde e educação primária; ensino superior; eficiência na produção de bens; eficiência do mercado de trabalho; desenvolvimento do mercado financeiro; preparo tecnológico e inovação; tamanho do mercado interno; e sofisticação do ambiente de negócios.
O primeiro pilar da competitividade avaliado pelo Fórum Econômico Mundial é a qualidade das instituições públicas. Neste critério, o Brasil é mal avaliado, ficando em 93º, entre 139 países. Os cinco primeiros do ranking são Singapura, Suécia, Nova Zelândia, Finlândia e Dinamarca.

Com base em informações fornecidas pela Fundação Dom Cabral, o relatório do Fórum elabora o veredicto: o baixo desempenho brasileiro neste critério se deve à baixa credibilidade que os políticos têm diante da população. O estudo também cita o pequeno grau de confiança dos cidadãos nos responsáveis por elaborar e aplicar as leis.
Segundo o estudo, a importância deste pilar está no fato de que o papel do governo vai além das providências legais. "As atitudes do governo para com os mercados, sua eficiência e competitividade são muito importantes, porque a burocracia excessiva, a falta de transparência e a dependência política do sistema jurídico atrasam o processo de desenvolvimento econômico", diz o estudo.

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