quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Censo 2010 - Estamos "encolhendo" e envelhecendo!

Os dados do Censo 2010, publicados nesta quinta-feira 04/11/2010 no "Diário Oficial da União", mostram que a população brasileira é de 185.712.713 de pessoas. A data de referência do levantamento é 1º de agosto de 2010.
Comparado com o Censo 2000, que registrou 169.590.693 de habitantes, o crescimento é de 9,5%. No entanto, o número registrou queda em comparação com as estimativas de população do IBGE, realizadas anualmente, que levam em conta taxas de natalidade, mortalidade e migração.
Em 2009, a estimativa era de que a população brasileira fosse de 191.480.630 de habitantes --o que representa uma queda de 3% no Censo 2010.
O mesmo aconteceu com a contagem do Estado e da cidade de São Paulo, que continuam como os mais populosos do país. De acordo com os dados divulgados pelo Censo 2010, o Estado tem 39.924.091 de habitantes e a cidade, 10.659.386.
Já a projeção de 2009 previa uma população de 41,4 milhões de habitantes para o Estado e 11 milhões para a cidade.
O IBGE repassa anualmente ao TCU (Tribunal de Contas da União) o número de moradores das cidades. Nos anos em que não há Censo, são enviadas as estimativas.
Os dados são usados para embasar os repasses da União, como o FPM (Fundo de Participação dos Municípios), proporcionais ao tamanho da população.
Foram analisados, na coleta para o Censo 2010, os 26 Estados e 5.565 municípios brasileiros, incluindo o Distrito Federal. A população foi recenseada até o dia 31 de outubro de 2010, com a visita a mais de 67 milhões de domicílios.

Produtividade

Certamente estamos com taxas de desemprego cada vez mais baixas, mas não temos mão de obra suficientemente qualificada para podermos elevar o nível dos serviços prestados. Este é um dilema terrível que enfrentaremos daqui para frente, fruto de anos de descaso por parte do governo com a educação.
O que todo chefe gostaria de ter são funcionários que sejam proativos, que tenham produtividade adequada as necessidades das empresas. Falta este tipo de pessoas no mercado. Como disse Marina Silva, o Brasil está preste a ter um apagão de mão de obra. Já estamos importando funcionários qualificados!
Quando olhamos para a cadeia de custos de uma empresa vemos que, normalmente, os mais impactantes são matéria prima e mão de obra. Eles são a maior parte da composição de preços dos produtos e serviços, em geral. Bem, toda empresa tem como objetivo lucrar. Para maximizar este lucro quanto mais eficiente for melhor é. Eficiência está ligado a minimizar custos e é o que chamamos ter produtividade.
Os custos com matérias primas são minimizados por melhor eficiência do departamento de compras, melhoria nos processos de fabricação, controles, tecnologia, etc.
Já os custos com mão de obra são minimizados com mecanização e, principalmente, com treinamentos. O problema que enfrentamos é que o pessoal admitido pelas empresas não responde adequadamente a treinamentos, pois chega sem base educacional para assimilação de conceitos, tarefas, metas, formas comportamentais, cultura organizacional, etc.
Daí a empresa tem duas opções. Primeiro, pode investir mais dinheiro em treinamento, reduzindo com isto seu lucro. Segundo, frente a esta situação ser generalizada no mercado de trabalho, nivelar seus serviços por baixo, levando em consideração que a concorrência também não terá a sua disposição o recurso mão de obra adequado.
Solução para corrigirmos esta falha: educação, educação, educação.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Criação de empregos no Brasil

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, nos primeiros oito meses de 2004 de cada 100 empregos criados no País, 31 foram na indústria de transformação e 26 no setor de serviços.
Agora em 2010, no mesmo período, a indústria respondeu por apenas 26% das vagas; já o setor de serviços, por 35% do total. Segundo economistas, as principais razões da perda proporcional na indústria, que cresceu 11% em termos absolutos, relacionam-se ao câmbio, fator que afeta sua competitividade e os ganhos de produtividade. No setor de serviços houve o impacto da maior formalização do emprego em razão do crescimento econômico. Entretanto, há uma questão importante no que diz respeito ao tipo de emprego criado: no Brasil quase dois terços das vagas em serviços vieram das áreas de alojamento, alimentação, manutenção e administração de imóveis; já na Índia, por exemplo, há o peso da criação de tecnologia nos serviços. E o segmento imobiliário gerou outra importante mudança na composição do emprego no Brasil – a construção civil pulou de 6% para 16% do total das vagas em razão das políticas públicas para habitação.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Corrupção - Classificação dos Gatunos

O relatório anual da ONG Transparência Internacional, divulgado nesta terça-feira (26), indica que a percepção de corrupção no setor público do Brasil se manteve inalterada desde o ano passado, embora o país tenha subido em um ranking sobre o tema.
A pontuação dada ao país no relatório permaneceu a mesma de 2009 – 3,7 numa escala de zero a dez, em que dez indica que os servidores são percebidos pela população como pouco corruptos e zero corresponde à percepção de corrupção disseminada.
O Brasil ocupava no ano passado o 75º lugar entre 180 países no Ranking de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional. Na lista deste ano, em que foram relacionados apenas 178 países, o Brasil ocupa a 69ª posição, juntamente com Cuba, Montenegro e Romênia.
Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura, dividem a primeira colocação, com 9,3 pontos.
O ranking da TI mede a percepção de corrupção nos setores públicos dos países, a partir de avaliações de fontes como fundações, ONGs, centros de estudos e bancos de desenvolvimento.

Piora em outros países
A subida do Brasil no ranking seria apenas um reflexo da deterioração de outros países e não deve ser interpretada como um avanço do país, explicou à BBC Brasil Alejandro Salas, diretor regional para as Américas da Tarnsparência Internacional.
“A pontuação (3,7) mostra que não houve melhora ou piora no Brasil e, assim como em outros países, reflete contradições entre modernizações e práticas antigas”, opinou Salas.
“Em alguns setores, temos sofisticados sistemas de compras públicas eletrônicas, que reduzem as oportunidades de corrupção, e sinais importantes como a lei da Ficha Limpa. Por outro lado, em muitos espaços de poder temos esquemas de compras de voto e nepotismo.”
Ainda que a metodologia da Transparência Internacional não permita observar se houve mudanças radicais na percepção da corrupção no mundo como um todo, é possível notar quais países avançaram e quais deram sinais de retrocesso.
Salas cita o Chile, país sul-americano mais bem colocado no ranking, como exemplo positivo: subiu de 6,7 pontos em 2009 para 7,2.
O motivo é que “no Chile há a percepção de autonomia da Justiça e de uma polícia livre de corrupção”, diz o diretor, citando também uma recente lei chilena que permite o acesso de cidadãos a informações de contas e contratações públicas.
Os Estados Unidos, por outro lado, são exemplo de retrocesso: perderam pontos e posições no ranking, em mais um desdobramento da crise em seu sistema financeiro.
“Os Estados Unidos sofreram uma queda importante. É um efeito dos escândalos financeiros, como o de Bernard Madoff, que mostraram ao mundo falta de transparência (no sistema). Por outro lado, medidas positivas, como a abertura de contas públicas promovida por Barack Obama, têm efeito negativo sobre a percepção da corrupção no curto prazo, justamente por colocar a corrupção em evidência.”

Mudanças individuais
Dos 178 países avaliados no ranking de 2010 da TI, a vasta maioria – 75% - não obteve nota superior a 5.
“Os resultados mostram que são necessários esforços significativamente maiores para fortalecer a governança no mundo”, disse em comunicado Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional.
Salas opina que melhoras no panorama global dependem de mudanças individuais. “Em muitos países os indivíduos tendem a se ver como vítimas do sistema. Mas o indivíduo pode ser proativo e sair do ciclo da corrupção. Enquanto só esperarmos grandes mudanças por parte de governos, teremos essa pontuação baixa na maioria dos países.”
A percepção de corrupção é maior em países instáveis e com um histórico de conflitos, como Iraque (apenas 1,5 ponto no ranking) Afeganistão (1,4), Mianmar (1,4) e Somália (1,1, última colocada).
O Haiti configura uma exceção: obteve melhora no ranking (de 1,8 ponto em 2009 para 2,2 em 2010) apesar do terremoto que devastou o país em janeiro.
Para Salas, a percepção de corrupção pode ter diminuído no Haiti "porque todas as atenções globais se voltaram para o país e para o dinheiro doado (após o tremor), e essa atenção desestimula ações corruptas".

Ranking de Percepção da Corrupção 2010 - Destaques
1) Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura - nota 9,3
4) Finlândia e Suécia - nota 9,2
17) Barbados - nota 7,8
21) Chile - nota 7,2
22) Estados Unidos - nota 7,1
24) Uruguai - nota 6,9
69) Brasil - nota 3,7
105) Argentina - nota 2,9
146) Haiti - nota 2,2
164) Venezuela - nota 2,0
175) Iraque - nota 1,5
176) Afeganistão e Mianmar - nota 1,4
178) Somália - nota 1,

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tendências no mercado de trabalho

Este foi um comentário anônimo que recebi, o qual agradeço. O tema é interessante e relevante, uma vez que traz tendências sobre o mercado de trabalho. Segue.

Vc anda meio sumido heim.... gosto de ler seu blog trouxe algo que acredito que vai gostar, e poderá explorar bastante. A Revista “VISÃO” fez uma pesquisa junto a universitários, empresários e especialistas sobre os setores com futuro. O resultado com as dez profissões que terão mais sucesso no futuro serão:
1. Engenheiro de redes informáticas
2. Gestor de relações com clientes
3. Engenheiro de Novas Energias
4. Fisiologista de controle de peso
5. Formador (Professor)
6. Jurista de propriedade intelectual
7. Gestor I&D na ind. farmacêutica
8. Técnico Gerontologia
9. Chefe de Cozinha
10. Produtor Cultural Independente 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Marcas mais valiosas do mundo

A consultoria Interbrand divulgou nesta semana o ranking das marcas mais valiosas do mundo. Em primeiro, como no ano passado, está a Coca-Cola. A única mudança entre as 10 primeiras em 2010 foi a entrada da HP. Abaixo está a lista.

 

1 - Coca-Cola

Empresa: Coca-Cola
Setor: bebidas
Valor da marca em 2009: US$ 68,7 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 70,4 bilhões
Posição no ranking em 2009: 1a

2 - IBM

Empresa: IBM
Setor: Serviços corporativos
Valor da marca em 2009: US$ 60,21 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 64,7 bilhões
Posição no ranking em 2009: 2

3 - Microsoft

Empresa: Microsoft
Setor: Softwares
Valor da marca em 2009: US$ 56,4 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 60,8 bilhões
Posição no ranking em 2009: 3

 

4 - Google

Empresa: Google
Setor: Serviços de internet
Valor da marca em 2009: US$ 31,9 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 43,5 bilhões
Posição no ranking em 2009: 7


5 - GE

Empresa: GE
Setor: Diversificado
Valor da marca em 2009: US$ 47,7 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 42,8 bilhões
Posição no ranking em 2009: 4

6 - McDonald’s

Empresa: McDonald’s
Setor: Restaurantes
Valor da marca em 2009: US$ 32,7 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 33,5 bilhões
Posição no ranking em 2009: 6

7 - Intel

Empresa: Intel
Setor: Eletrônicos
Valor da marca em 2009: US$ 30,6 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 32 bilhões
Posição no ranking em 2009: 9

8 - Nokia

Empresa: Nokia
Setor: Eletrônicos
Valor da marca em 2009: US$ 34,8 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 29,4
Posição no ranking em 2009: 5

9 - Disney

Empresa: Disney
Setor: Mídia
Valor da marca em 2009: US$ 28,4 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 28,7
Posição no ranking em 2009: 10

10 - HP

Empresa: HP
Setor: Eletrônicos
Valor da marca em 2009: US$ 24 bilhões
Valor da marca em 2010: US$ 26
Posição no ranking em 2009: 11

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Competitividade - Forum Econômico Mundial

O ranking de competitividade global elaborado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial mostra o Brasil em 58º lugar, em um total de 139 países. A lista é liderada pela Suíça, vindo em seguida Suécia, Singapura, Estados Unidos e Alemanha.
Entre 2007 e 2009, o Brasil saltou 16 posições no ranking, chegando ao 56º lugar (em 2010, o país perdeu duas posições). De acordo com o estudo do Fórum, o Brasil viveu uma fase de "impressionante tendência de alta. A recente escalada do país na lista reflete os notáveis esforços feitos nos últimos 20 anos na direção da estabilidade macroeconômica".
Para o Fórum, entretanto, ainda há desafios que a economia brasileira precisa superar para que o país possa aproveitar todo seu potencial competitivo. Um raio-x feito pela entidade, com informações da Fundação Dom Cabral e do Movimento Brasil Competitivo, avaliou todos os países em 12 categorias consideradas pilares do desenvolvimento e da competitividade. Este estudo detalhado aponta os méritos e as deficiências do Brasil, um país para o qual todos olham esperando ver nele "uma das peças centrais na engrenagem da economia mundial".
As categorias avaliadas pelo Fórum Econômico são: instituições públicas; infraestrutura; ambiente macroeconômico; saúde e educação primária; ensino superior; eficiência na produção de bens; eficiência do mercado de trabalho; desenvolvimento do mercado financeiro; preparo tecnológico e inovação; tamanho do mercado interno; e sofisticação do ambiente de negócios.
O primeiro pilar da competitividade avaliado pelo Fórum Econômico Mundial é a qualidade das instituições públicas. Neste critério, o Brasil é mal avaliado, ficando em 93º, entre 139 países. Os cinco primeiros do ranking são Singapura, Suécia, Nova Zelândia, Finlândia e Dinamarca.

Com base em informações fornecidas pela Fundação Dom Cabral, o relatório do Fórum elabora o veredicto: o baixo desempenho brasileiro neste critério se deve à baixa credibilidade que os políticos têm diante da população. O estudo também cita o pequeno grau de confiança dos cidadãos nos responsáveis por elaborar e aplicar as leis.
Segundo o estudo, a importância deste pilar está no fato de que o papel do governo vai além das providências legais. "As atitudes do governo para com os mercados, sua eficiência e competitividade são muito importantes, porque a burocracia excessiva, a falta de transparência e a dependência política do sistema jurídico atrasam o processo de desenvolvimento econômico", diz o estudo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Posicionamento: o coração da estratégia

O posicionamento é o fruto das escolhas estratégicas que a organização deve fazer. E a sua empresa, já tem o seu lugar definido?
Sempre que inicio um processo de consultoria, tento compreender a situação dos meus clientes em relação as suas estratégias. Em grande parte das vezes, recebo uma resposta animadora quando pergunto sobre a existência de uma estratégia ou de um planejamento estratégico. Infelizmente, boa parte das tais “estratégias” não sobrevive a um teste básico de consistência. Quando pergunto acerca do posicionamento estratégico, quase sempre sou surpreendido com outra pergunta: o que é posicionamento estratégico? Oops! Agora temos um problema!
A principal consequência deste desconhecimento, ou ignorância (no sentido estrito do termo), é que os gestores destas organizações têm grandes dificuldades em formular uma estratégia consistente e, consequentemente, em executá-la, pois o coração da estratégia é o posicionamento. Mas afinal de contas, o que caracteriza e como podemos definir o posicionamento estratégico? O posicionamento é o fruto das escolhas estratégicas que a organização deve fazer. Trata-se da seleção do “espaço” ou “posição” de mercado que a empresa quer ocupar. A definição do posicionamento traz maior consistência ao processo de formulação da estratégia, na medida em que elabora definições como por exemplo: segmentos-alvo de mercado; perfil do cliente; portfólio de produtos e serviços; e proposta de valor.
E é exatamente a partir destes insumos que a organização consegue compreender melhor o seu foco e, consequentemente, o seu mercado-alvo. A estratégia é na sua essência composta por escolhas, e a escolha do posicionamento define a forma de competição e a “arena competitiva”, ou seja, o ambiente em que se irá competir. Com foco claro, a alocação de recursos, limitados, é otimizada e a possibilidade de sucesso na execução da estratégia se amplia de forma exponencial.
Na essência, se posicionar estrategicamente é assegurar que o seu foco esteja voltado para os clientes que percebem valor no seu produto ou serviço. Como bem afirmou Al Ries, a estratégia não é uma guerra de produtos, mas sim de percepções. Os clientes compram produtos e serviços a partir da forma como percebem valor na oferta de uma determinada empresa. Logo, definir um posicionamento claro, e que seja sustentado por uma proposta de valor único, é fundamental para a sobrevivência da organização no longo prazo.
Sem pânico! Se você ainda não definiu o posicionamento estratégico da sua organização, segue um roteiro básico para começar:

1 – Explore o seu ambiente de negócios: não existe formulação bem feita que desconsidere os fatores exógenos que afetam o seu negócio. Entenda o seu mercado, concorrentes e características dos clientes-alvo, criando uma base de inteligência estratégica que seja capaz de suportar o seu processo de escolha.

2 – Posicione a sua empresa: escolha um posicionamento de mercado que seja ao mesmo tempo acessível à sua organização e que lhe traga vantagens competitivas únicas. Se o seu posicionamento for lugar comum no seu mercado, então a única forma de competição será pelo preço.

3 – Formule a sua estratégia: defina um plano de jogo coerente com o seu foco de longo prazo. Se o posicionamento é o coração da estratégia, a formulação é o conjunto de artérias que leva o valor às extremidades. Formular uma estratégia é, acima de tudo, alocar os recursos no reforço do posicionamento estratégico.

4 – Implemente a sua estratégia: se você pensou que a tarefa estava concluída, fique atento. A grande complexidade de uma estratégia não está na sua formulação, mas na sua execução. Crie um modelo de gestão capaz de envolver as pessoas e que, ao mesmo tempo, permita o monitoramento da evolução da sua estratégia.

E lembre-se: sem um posicionamento claro não há estratégia ou, pelo menos, é possível afirmar que tal estratégia não está orientada ao mercado. E não orientar a estratégia ao mercado leva a uma perigosa miopia organizacional, pois, em última análise, quem define quais serão as organizações que sobreviverão no longo prazo é o cliente.

Roberto Campos de Lima (É consultor de empresas desde 2000, tendo vivenciado a implementação de projetos de planejamento estratégico, construção e implementação do Balanced Scorecard e arquitetura organizacional em empresas de setores como celulose e papel, petroquímica e telecomunicações. Atualmente atua na 3GEN)



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

9 de setembro - Dia do Administrador

Nove de setembro é o "Dia Nacional do Administrador", por ser a data de assinatura da Lei nº 4769, de 9 de setembro de 1965, que criou a profissão de Administrador. O dia do Administrador foi instituído pela Resolução CFA nº 65/68, de 09/12/68.
Precisamos de Administradores competentes, ousados, criativos, sensíveis e capazes de garantir a sustentabilidade das organizações que abrigam os seres humanos ao longo de suas vidas. Se todos dependemos de organizações família, escola, igrejas, entidades e ONG´s, governos e empresas, garantir que essas cumpram adequadamente seus respectivos papéis dentro de nossa sociedade é o grande desafio do Adminstrador.
Mas, afinal, o que é ser um Administrador? Segue uma definição bem humorada de Edmilson Araújo Nascimento Júnior:
 
Administração é poder !
 
  • Administrador não tem casa e família, tem uma organização e seus colaboradores. 
  • Administrador não admira a natureza, analisa as partes na construção do todo. 
  • Administrador não facilita discussão, entra em conflito. 
  • Administrador não faz orgia, ele cria uma sociedade anônima sem fins lucrativos. 
  • Administrador não fala, faz palestra. 
  • Administrador não mobília a casa, planeja um layout. 
  • Administrador não faz compras, investe em seu estoque. 
  • Administrador não copia algo, faz benchmarking. 
  • Administrador não troca idéias, pratica brainstorming. 
  • Administrador não tem lua-de-mel, ele faz um seminário de integração com palestra de motivação e implantação de plano de premiação por resultados. 
  • Administrador não estuda, aumenta seu know-how. 
  • Administrador não bebe, ele analisa o comportamento da estrutura em relação à aquisição de novas diretrizes liquidas. 
  • Administrador não vive no mundo, o mundo é que vive no administrador. 
  • Administrador não conhece, aumenta sua rede de relacionamentos. 
  • Administrador não tem trabalho, tem missão. 
  • Administrador não sonha, tem visão. 
  • Administrador não erra, ele testa o mercado fazendo projeções simuladas. 
  • Administrador não cansa, tem parada estratégica. 
  • Administrador não tem amigos, tem cúpula de agentes. 
  • Administrador não tem paciência, tem amplitude de controle. 
  • Administrador não tem problema, tem diagrama de Ishikawa. 
  • Administrador não é mulherengo, é operador de controle de qualidade. 
  • Administrador não faz fofoca, faz marketing da informação adquirida. 
  • Administrador não dança, faz mapeamento sistêmico do terreno. 
  • Administrador não paquera, ele fornece dados com finalidades especificas. 
  • Administrador não come, ele incorpora insumos para a continuação do processo. 
  • Administrador não é egoísta, ele é monopolizador absoluto. 
  • Administrador não é corno, ele só tem sócio acionista com participação efetiva. 
  • Administrador não trai, ele investe em novos empreendimentos. 
  • Administrador não pensa, faz analise SWOT. 
  • Administrador não rouba, faz contabilidade própria do patrimônio liquido de terceiros. 
  • Administrador não tem ressaca, tem avaliação de perdas e ganhos. 
  • Administrador não se arruma, faz 5s no seu corpo. 
  • Administrador não faz sexo, faz análise de recursos humanos com introdução prática. 
  • Administrador não tem filhos, implanta um programa de formação de novos líderes.
  • Administrador não faz festa, faz reunião de colaboradores para a disseminação de experiências e competências adquiridas no contexto individual com propósitos coletivos. 
  • Administração não é um curso, é poder!
 
FELIZ DIA DO ADMINISTRADOR A TODOS !
 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Transição por meio de Alice

Consultor faz uma analogia entre as aventuras de Alice no País das Maravilhas e a pressa do mundo corporativo. Leia mais!
As aventuras de Alice no País das Maravilhas não povoaram só a criatividade do cineasta Tim Burton, que passou quase dois anos filmando Alice, um sucesso de bilheteria. O clássico escrito em 1865 pelo inglês Lewis Carroll é inspirador em muitos aspectos. Em Através do Espelho, uma continuação do clássico, Alice e a Rainha Vermelha pararam para descansar sob uma árvore depois de terem corrido a toda velocidade. Alice então olhou para os lados e questionou:
- Acho que ficamos sob essa árvore o tempo todo! Tudo está igualzinho!
- Claro que está – disse a Rainha. – O que você esperava?
- Em nossa terra – explicou Alice, geralmente se chega noutro lugar quando se corre muito depressa e durante muito tempo como fizemos agora.
- Que terra mais vagarosa! – comentou a Rainha. – Pois bem, aqui, veja, tem de se correr o mais depressa que se puder quando se quer ficar no mesmo lugar. Se você quiser ir a um lugar diferente tem de correr, pelo menos, duas vezes mais rápido do que agora.
Não é incomum acharmos que precisamos ser constantes em nosso trabalho, mas corremos e não saímos do lugar. A constância pode ter um efeito parecido com a inércia, lei escrita por Isaac Newton. Segundo Newton, um corpo em movimento continuará se movendo indefinidamente caso nenhuma força externa aja sobre ele. No entanto, para que as interferências que temos em nossas vidas sejam positivas, temos de interiorizar o conceito da perseverança. A perseverança precisa de constância para persistir nas estratégias usadas, ou até na consciência de que se deve mudá-las para atingir um objetivo. No entanto, se a constância não estiver atrelada à perseverança pode virar mesmice e apego à rotina. Quem é perseverante corre duas vezes mais rápido como falou a rainha.
Quando uma organização acredita nisso e comunica o conceito à sua equipe é mais fácil que seus colaboradores saiam do comodismo para operar mudanças, fazendo com que a empresa alcance seus objetivos. É importante lembrar que, ser perseverante não é ser obcecado, insistir em erros, não aceitar opiniões ou ter reações prepotentes. Por melhor que seja um colaborador, ele tem de mostrar qualidades ao seu gestor e a capacidade de ir mais além, para que não seja perpetuado em uma função que certamente desempenha bem, mas nada mais do que isto.
As interferências, como na lei da física, são as coisas que mais necessitamos para sermos impulsionados para a frente. Porém, cabe a nós decidir se o desafio nos derrubará ou nos dará forças para dar a volta por cima.
O que fez Nelson Mandela, um menino pobre da comunidade rural, ter se tornado líder revolucionário e chegar a ser presidente da África do Sul? “Nunca fui um messias, mas um homem comum, que se tornou um líder por causa de circunstâncias extraordinárias”, comentou Mandela, firme em seus propósitos. Como principal representante do movimento antiapartheid ele foi um grande guerreiro pela liberdade e apesar de ter passado 27 anos na prisão, seus esforços foram e são reconhecidos.
Em proporções diferentes o ser humano, em geral, tem oportunidades de se superar. Recentemente a Revista Veja citou que diversos setores da economia brasileira crescem numa velocidade superior a 10% ao ano e que a subida da maré econômica tira milhões de brasileiros da pobreza e, no nível superior da pirâmide social, está produzindo um novo milionário a cada dez minutos. E conta ainda como os empreendedores tem tirado proveito dessa fase de prosperidade. No entanto, nem sempre foi assim e apesar de estar feliz com os bons resultados e a perspectiva de um futuro próximo favorável, fiquei ponderando o quanto o brasileiro teve de desenvolver a criatividade e a pró-atividade para superar seus obstáculos pessoais, profissionais e da própria economia do país.
As últimas décadas foram de transição e levaram a mudanças substanciais para termos os resultados que colhemos agora. A transição garante que as mudanças rompam com hábitos, tradições ou estruturas obsoletas e até improdutivas substituídas por um sistema mais benéfico e produtivo. A frase de Jack Welch reitera esses conceitos: “Ao buscar o que é aparentemente impossível, você muitas vezes faz o impossível”. O segredo de um líder é fazer com que sua equipe acredite em seu próprio potencial.

Paulo Kretly (Presidente da FranklinCovey Brasil (www.franklincovey.com.br), e reconhecido palestrante em liderança, gestão e produtividade pessoal e interpessoal)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Um dos ângulos do mundo da imagem

Sempre falo sobre a importância da IMAGEM. Vivemos no mundo da imagem e esta tem seus reflexos em diversos ângulos.
Um destes ângulos é o que Max Gehringer apresenta neste fantástico comentário sobre Marketing Pessoal.
Clique abaixo e ouça. Pode fazer uma diferença e tanto em sua carreira.
CBN - A rádio que toca notícia - Max Gehringer

Classes sociais no Brasil (por renda)

Conforme dados do IBGE (2009) a composição conforme a renda familiar em salários mínimos é:

  • Classe A - mais de 20

  • Classe B - de 10 a 20

  • Classe C - de 5 a 10

  • Classe D - de 2 a 5

  • Classe E - até 2
Vale lembrar que esta composição é valida para a renda da unidade familiar, ou seja, o somatório de renda bruta de todos os integrantes da família.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Visualização

Acho que o que vou descrever abaixo dará a vocês um senso da importância de VISUALIZAR onde queremos chegar. O interessante é que no nosso mundo nós podemos ir DIRETO PARA ONDE QUISERMOS também. É só VISUALIZAR.
Para quem não acredita, continua batendo o pé achando que vai para cima e olhando para baixo!
Quando saltei de para-quedas, há alguns anos, o que mais gostei foi ter a sensação de estar integrado em um ambiente ao qual não pertencemos. O senso de integração é enorme, pois não há a dimensão terrestre e sim a amplitude aérea.
Duas cordinhas atreladas ao para-quedas é o que se tem para "dirigir". Porém, VOCÊ VAI PARA ONDE VOCÊ OLHA. O alvo onde eu deveria cair era uma círculo de areia de uns 10 metros de diâmetro. Lá de cima parecia um comprimido de aspirina! E sempre e todos nós que pulávamos juntos, acertávamos o alvo. Era só olhar para ele.
Quando tive a oportunidade de fazer um mergulho, tive a mesma sensação. Estar integrado a um ambiente ao qual não pertencemos. Quanto a direcionamento, o mesmo ocorre lá. Podemos estar com o corpo inclinado para baixo e batendo os pés para irmos mais para o fundo, mas se olharmos para cima vamos para cima. Mesmo que se bata os pés em sentido contrário, não temos e não conseguimos ter o domínio, VAMOS PARA ONDE OLHAMOS.
Em nosso ambiente SEMPRE esquecemos de OLHAR PARA ONDE QUEREMOS IR. Não falo fisicamente, mas sim em projeções futuras.
Estamos habituados a olharmos e pensarmos de acordo com nosso cotitidano e o que está a nossa volta. Não olhamos e não pensamos mais do que alguns metros fora disto. E a grande maioria das pessoas anda na vida não mais que alguns metros de onde está.
Como nos céus e como debaixo d'agua a gente vai para onde olha. Direto, se não desviarmos a visão.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Visão e Missão

Planejamento Estratégico Pessoal

Planejamento estratégico pessoal é o processo de construir o seu futuro. E tal como nas corporações, a primeira etapa consiste na definição de três aspectos essenciais: missão, valores e visão.

1. Missão

A missão é a sua razão de existir. Entendê-la habita antigas questões filosóficas como: “De onde viemos?” e “Para onde vamos?”.
Descobrir sua missão é fruto das perguntas que você se fizer. Algumas sugestões:
a) O que está incompleto em sua vida?
Procure entender o que falta para sentir-se realizado em termos profissionais e pessoais.
b) O que gostaria de aprender?
A resposta indicará suas paixões e poderá revelar talentos latentes que tenha negligenciado no decorrer dos anos, seja pela rotina imposta pelo cotidiano, seja pelo medo auto-imposto.
c) O que faria se ganhasse um grande prêmio numa loteria?
O propósito é observar se há planos que você tem adiado indefinidamente sob a alegação de falta de recursos. É possível que sua missão esteja mergulhada neste pântano sombrio desenhado em sua mente e que a realização deste sonho seja exeqüível mesmo diante da ausência de dinheiro.
d) O que faria se tivesse somente seis meses de vida?
É uma questão lúgubre, sei disso. Mas ela se faz necessária para que você avalie suas reais prioridades e reflita sobre como tem gerenciado seu recurso mais significativo e perene: seu tempo.
e) Imagine-se em seu enterro...
A exemplo da pergunta anterior, este é um exercício revelador. A proposta é que você se imagine nesta situação e procure identificar três pessoas de seu relacionamento: um familiar, um amigo e um colega de trabalho. Ouça o que estão dizendo sobre você e quais os sentimentos que delas afloram. Talvez perceba como as tem tratado e quanto de amizade, carinho e amor tem oferecido àqueles que lhe são importantes.
Após todos estes questionamentos, analise suas respostas. Elas indicarão seu legado, ou seja, a contribuição que deixará para o mundo e através da qual poderá eternizar seu nome e seus feitos.

2. Valores

Os valores são os princípios que guiam as decisões e balizam o comportamento no cumprimento da missão.
Desde muito cedo, por influência de nossos pais e familiares, estabelecemos um conjunto de valores. Mas as pessoas, o ambiente, as crenças e as circunstâncias agem no sentido de modificá-los. Um bom exemplo desta mutabilidade dos valores é o estatuto da pena de morte. Você pode ser absolutamente contrário à aplicação da sentença capital. Porém, se um ente querido for vitimado por um ato de violência extrema, é possível que você passe a tolerá-la em condições excepcionais.
Para encontrar seus valores:
a) Identifique os princípios que governam sua vida.
É uma tarefa demorada e que ordena alta concentração e reflexão. Verifique os valores mais recorrentes em seus pensamentos e ações. Podem ser a integridade e a justiça, indicando um perfil voltado à conduta social; ou a humildade e a generosidade, sinalizando para foco em serviços ao próximo; ou a autonomia e a autoconfiança, apontando para o egocentrismo. Pode ser um conjunto de todos eles. Não importa. O fundamental é que os aspectos selecionados representem o que você de fato é, e não o que gostaria que as pessoas pensassem a seu respeito. Assim, escolha valores inerentes ao seu caráter e não à sua reputação.
b) Coloque-os em ordem de prioridade.
Após selecionar entre cinco e sete valores, procure ordená-los de acordo com o grau de importância relativa. É um momento decisivo, pois exigirá que você faça escolhas. Neste momento ficará evidenciado se os valores preponderantes são materiais ou emocionais, individuais ou coletivos.
c) Escreva um parágrafo para cada um dos valores escolhidos.
É o momento de unir razão e emoção, cabeça e coração. Coloque no papel o porquê de suas escolhas, leia com atenção e reflita.
Ao final você terá escrito o que denomino “Constituição Pessoal”. É sua carta de valores, pessoal e intransferível. Carregue consigo esta pequena lista, leia-a regularmente e tome suas decisões com base nela. Uma atitude em desacordo com seus valores deverá causar desconforto, incômodo até, ensejando uma mudança atitudinal ou uma revisão dos valores selecionados.

3. Visão

A visão é a explicitação do que você espera e acredita para o seu futuro. É uma imagem mental poderosa que tem a propriedade de materializar sonhos.
Para construir uma visão de futuro:
a) Imagine-se daqui a alguns anos.
Onde você estará em um, cinco, dez e 25 anos? O que estará fazendo? Quais terão sido suas realizações? Quem terá conhecido? O que terá aprendido?
b) Adote um “diário do futuro”.
Há quem ainda escreva diários, um registro pessoal e muitas vezes secreto de comportamentos, pensamentos e ações. Modernamente os diários ganharam o mundo virtual através dos blogs. Em qualquer dos casos, faça seus relatos não sobre o passado, mas sobre o futuro que imaginou conforme sugestão anterior. Seja detalhista, entusiasmado e profético ao discorrer suas palavras.
c) Projete o filme da sua vida.
Reúna suas experiências passadas e sua visão de futuro, ambas ilustradas pelos seus diários do passado e do futuro, para imaginar o filme de sua vida, uma película extraordinária onde você figura como diretor e protagonista de sua própria história.
Ao vislumbrar seu futuro, lembre-se de desenhá-lo com cores alegres, vibrantes e positivas. O que hoje se conceitua como “leis da atração” nada mais é do que uma imagem mental positiva amparada por ação concreta em direção da realização e da conquista do sucesso.

Observatório de tendências

Detectar e entender as aspirações humanas da sociedade pós-moderna e como essas motivações e desejos se refletem nos rituais de consumo não é tarefa fácil. O Observatório de Tendências Ipsos capta as tendências de consumo nas principais capitais do mundo, identifica e analisa movimentos e fenômenos observados em nível macroeconômico, político e social e seus reflexos no consumo, no comportamento, nas manifestações culturais, na arquitetura e na propaganda.
Abaixo estão os sete perfis de consumo elencados pela empresa de pesquisa na íntegra. “As sete tendências revelam um mundo em busca de composição”, aponta Clotilde Perez, Coordenadora Geral do Observatório. Esta composição passa por um eixo formado por ambiguidade, leveza, sonsoralidade, por um mundo edulcorado e reticular.

1. Go Bubbles

Tudo ao mesmo tempo e agora: a ideia quase mágica tornou-se uma condição para quem quisesse pertencer ao mundo globalizado. A ausência de limites tinha sua contraposição: se, por um lado, o indivíduo dispunha da possibilidade de acesso praticamente irrestrito às informações e contatos, por outro ele também tinha que estar disponível e atento a tudo para poder acompanhar esse novo ritmo. Logo os efeitos colaterais começaram a ser percebidos. A percepção de excesso, a sensação de sobrecarga dava sinais desde as primeiras ondas do Observatório.
Hoje não há mais ambivalência: “o mundo é assim”. Ninguém mais se pergunta se é bom ou ruim ter internet, ter acesso à tecnologia… São as consequências do convívio com a primeira geração de nativos digitais!
Como a globalização e a vida sem fronteiras de fato não se alcançou, o mood agora é considerar o mundo, mas não é necessário estar lá… O tempo agorista ainda é um valor. Mas a aldeia global adquiriu dimensões mais modestas, ainda que múltiplas. Estar “conectado” não significa, necessariamente, estar ligado em tudo que acontece no mundo o tempo todo. Filtrar, selecionar e bloquear informações possibilitou limites. Conexão, interatividade, multiplicidade estão mais voltadas aos microcosmos, e são assim melhor administradas. Estas são as principais marcas da Tendência Go Bubbles “conexão no microcosmos”.

2. HiperSense

O desejo pela intensidade, surpreender e ser surpreendido, arriscar-se, ousar, sair do lugar comum, fazer algo diferente – peculiaridades tipicamente humanas – foram aguçadas pelos efeitos de massificação e da pouca diferenciação da era global.
Desde as primeiras ondas deste Observatório foram observadas diferentes formas de buscar uma emoção mais intensa: do desafio físico, que fazia subir a adrenalina nos esportes radicais, passando pelo exibicionismo, pelo voyeurismo até a invasão do fetichismo.
Essas manifestações continuam, mas surgiram formas mais elaboradas de se fazer notar e de sentir. Muitas vezes associadas a mensagens edificantes: minar preconceitos, atenuar tabus, manifestar uma ideia… A ênfase agora está em despertar os sentidos de maneira inusitada, ilusionar, misturar, sobrepor os sentidos. Estas são as marcas da Tendência HiperSense “maximização dos sentidos”.

3. Venus Fever

A discussão sobre os papeis sociais tradicionais do homem e da mulher já não ocupa mais um papel relevante. Nota-se que a questão saiu do debate público e está mais evidente no âmbito privativo – cada um se acerta com seus pares. Nas ondas anteriores, a mulher estava mais presa aos poderes que conquistou, enquanto o homem aparecia mais perdido, sem um papel muito definido. Estavam todos carentes de modelos. Neste momento fica evidente que há certa parceria e flexibilidade.
Um caminho sem volta. A mulher não será mais a antiga “Amélia” e não se sente mais tão ameaçada pela perda de suas conquistas. Pode transitar mais naturalmente entre possibilidades: ora ocupando uma posição de maior liderança, ora compartilhando, e ora sentindo-se frágil e pedindo proteção ou até mesmo servindo ao marido e filhos. Da mesma forma, o homem é também mais livre para circular: mais sensível, vulnerável, parceiro, também pode ser mais viril, rústico…
Hoje, é a idéia de “compor” que está no centro das atenções. O caricato, em qualquer sentido que seja, não tem mais espaço. Estas são características da tendência Venus Fever “He, she, it: a composição como possibilidade”.

4. Living Well

Bem estar é o foco da tendência Living Well. Na onda anterior já observávamos a diminuição das cobranças e estávamos mais livres das exigências sociais o que deu o tom do “bem estar possível”, com forte conexão extra-corpus.
Hoje identificamos duas vertentes a partir de um conflito: Finitude ou Longevidade? “Tem que ser hoje, porque pode acabar amanhã. E tem que ser todo dia, porque pode durar 90 anos”. Diante dessa dicotomia evidenciamos por um lado forte valorização do momento presente. Cuidar de si é mais possível do que cuidar do planeta ou dos problemas de ordem mundial. Por outro lado, evidencia-se maior preocupação com o futuro, com manifestações de generosidade, de dedicação aos outros, de ajudar, contribuir… Afinal vamos viver muito… A linguagem edulcorada e a generosidade são algumas das marcas da Tendência Living Well “bem estar necessário”.

5. ID Quest

Nas ondas anteriores do Observatório, a tendência ID Quest revelava uma maior valorização da memória afetiva, dos registros pessoais e da busca por proteção nas redes de segurança tradicionais. Na atualidade ID Quest tem importante destaque: buscar as raízes para saber quem eu sou – e eu sou um mosaico.
Amigos pessoais são mais valorizados, mesmo que o contato com eles seja mais virtual do que físico. Momento de crise financeira também intensifica a necessidade de contatos mais sólidos e verdadeiros do que a ampla gama de desconhecidos. Sente-se também certo remorso, culpa por ter se distanciado durante certo tempo dos laços afetivos mais reais.
São evidentes manifestações claras de busca afetiva, como design de época, objetos do passado, colecionismo em alta, remakes de filmes e peças de sucesso, renascimento das mascotes de marca e criação de novas, valorização das histórias de vida, os pets e a sedução pela eternidade. Tudo em busca de uma relação mais emocional e mais afetiva como possibilidade de constituição da própria identidade, ainda que esta identidade se constitua na composição.
É preciso respeitar o mosaico de si mesmo, privilegiar cada pedacinho de si. Essas são algumas das características da Tendência ID Quest “patchwork identitário”.

6. My Way

A tendência My Way apresentava-se em ascensão na onda anterior: a indústria a serviço da customização com possibilidades cada vez mais fáceis e acessíveis de se diferenciar; a indústria favorecendo a customização. Agora o foco passou a ser no indivíduo e em tudo que lhe agrada e singulariza. Não queremos apenas personalizar: somos autores-atores prontos para performar.
Agora as manifestações de individualidade estão também expressas na relação com o outro, na co-autoria, nos processos de co-criation, na colaboração. O exercício da criatividade está na capacidade de transitar por vários estilos, atitudes e comportamentos. Ser único e ser múltiplo é o tom de My Way “protagonismo e criatividade”.

7. Know Your Rights

É a mais atual das tendências. Vem crescendo em cada onda do Observatório. Alicerçada no paradigma contemporâneo “consumir é existir”, com ramificações para o consumo crítico, ético e sofisticado, esta tendência agora dá sinais de fusão entre os eixos “crítico” e “ético”: repudia-se tanto o excesso do capitalismo e das grandes corporações quanto a forma de produção, e também não basta aderir a produtos éticos se o consumo for excessivo.
Ética e estética aglutinam-se: “é feio jogar papel no chão”. Festa do consumo responsável, dia sem compras, loja gratuita, são exemplos claros dessas misturas. As manifestações de insatisfação, repúdio e até vingança contra organizações e marcas proliferam-se na rede.
Na vertente da sofisticação do consumo, notamos sinais do surgimento de novos significados para luxo: momento de maior moderação e controle, maior atenção ao que se mostra, ideia de excessos pode comprometer imagem pessoal. Marcas de luxo voltam-se para o core business em busca de segurança e manutenção das vendas. Estas são algumas das evidências de Know Your Rights “Consumidores complexos e críticos”.

Esta postagem foi adaptada do trabalho apresentado em sala de aula com tema "comentários econômicos" feito pela aluna Aline de Paula da Silva do curso de Nutrição da PUC Minas.

domingo, 29 de agosto de 2010

O petróleo NÃO é nosso



Como ficou a questão da capitalização da Petrobrás?
O Governo tem 51% da companhia. Os outros 49% são de investidores, estão em ações negociadas nas bolsas de valores, no Brasil e no mundo.
A companhia descobriu petróleo nas profundezas do... inferno! Para retirar este petróleo de lá projetou o preço entre 5 e 6 dólares. Uma auditoria internacional foi contratada para fazer a avaliação. O número pulou para entre 10 e 12 dólares. O que isto significa?
De 5 a 6 dólares a Petrobrás precisaria se capitalizar em 150 bilhões de dólares. Já com o preço de 10 a 12 dólares o valor da capitalização sobe para aproximadamente 300 bilhões de dólares.
Como o governo detém 51% da companhia terá que injetar 150 bilhões de dólares na Petrobrás para não perder a posição acionária. É mais fácil falar em se oficializar no Brasil a seita de Satanás do que deixar a Petrobrás nas mãos da iniciativa privada!
Sabem o que significa 150 bilhões de dólares do dinheiro de nós contribuintes brasileiros? O trem bala SP-RJ foi orçado pelo governo em 20 bilhões. Daria para por trem bala por este país a fora! Daria para investir em educação, saúde, estradas, ferrovias, aeroportos, etc, etc, etc...
Você está feliz vendo seu dinheiro indo para a Petrobrás? Feliz vendo a plataforma P-36 sob risco de sofrer um acidente grave por falta de manutenção? Feliz com o loteamento de cargos e as nomeações de políticos (e não técnicos) para ocupar postos na Petrobrás?
Há, vocês ainda podem dizer: o petróleo é estratégico!
Quem mais consome petróleo no mundo? Estados Unidos. Quantas estatais de petróleo os Estados Unidos tem? Zero.
Os investidores tem conhecimento destes fatos e é por isso que as ações já cairam neste ano 29%.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O que é conhecimento?

Ontem em um auditório questionei alunos de graduação sobre o que eles foram buscar na universidade. Conhecimento? Não.
Foram a maioria, ou se não todos, em busca de alavancagem na carreira profissional e uma melhoria no padrão e qualidade de vida. Esta é a realidade.
Então expliquei o que era conhecimento. Conhecimento é a mola propulsora deste mundo! Ora, sem estar em cima desta mola como ser projetado? Como realizar sonhos? Inconscientemente todos estavam ali em busca do conhecimento, mesmo que não se realizassem para isto!
O encontro era para explicar a importância do Trabalho Interdisciplinar (TI). Bem, o TI é uma poderosa ferramenta que vai fazer o link entre as expectativas dos alunos e a possibilidade de subirem na mola propulsora.
É complexo, é trabalhoso? Sim. Porém vai depender do tanto que estiverem conectados as ferramentas geradoras de conhecimento e do esforço pessoal o tamanho do pulo que cada um vai conseguir dar.